domingo, 24 de abril de 2011

Ordem


Aos homens de muita crença e coragem


mais intensos que o metal


mais frágeis que as palavras


Àqueles que têm sua capacidade desdenhada


que fornecem sofrimento


suor, sangue, dor...


Fantoches da lei!


Entrelaçados à mentira


Suspensos por covardia


Nutridos por bravura


Movidos aos berros


Vidas engolidas.


Aos homens de muita audácia e soberba


mais poderosos, porém fracos


mais apressados e sórdidos
Àqueles de cabelo, sapatos e vincos impecáveis


que não perdem a pose


só a compostura, caráter, respeito...
Simuladores!
Dominam os modestos


Apossam-se de vidas compradas


Exploram e descartam


Cobiça e avareza solidificadas
Vidas vazias.



É preciso ordem:


Pastores comendo grama


Ovelhas mancas e vesgas no poder!






Publicada no Manual de Poesia - Iracemápolis 2010 e escrita há 6 anos simboliza a volta dos tempos de revolta.