Aos homens de muita crença e coragem
mais intensos que o metal
mais frágeis que as palavras
Àqueles que têm sua capacidade desdenhada
que fornecem sofrimento
suor, sangue, dor...
Fantoches da lei!
Entrelaçados à mentira
Suspensos por covardia
Nutridos por bravura
Movidos aos berros
Vidas engolidas.
Aos homens de muita audácia e soberba
mais poderosos, porém fracos
mais apressados e sórdidos
Àqueles de cabelo, sapatos e vincos impecáveis
que não perdem a pose
só a compostura, caráter, respeito...
Simuladores!
Dominam os modestos
Apossam-se de vidas compradas
Exploram e descartam
Cobiça e avareza solidificadas
Vidas vazias.
É preciso ordem:
Pastores comendo grama
Ovelhas mancas e vesgas no poder!
Publicada no Manual de Poesia - Iracemápolis 2010 e escrita há 6 anos simboliza a volta dos tempos de revolta.